Novo mínimo beneficiará quase 1 milhão e injetará R$ 640 milhões no RN
Entra em vigor neste domingo o novo valor do salário mínimo, que passa a ser de R$ 465, com aumento de 12,04% sobre os R$ 415 em vigência até hoje. Descontada a inflação desde abril do ano passado (quando o atual mínimo entrou em vigor), o aumento real do benefício é de 5,7% o que leva a um reajuste real acumulado no governo Lula de 46,05%. Em todo o Brasil, segundo cálculos do Ministério do Trabalho e do Emprego, o aumento vai injetar R$ 21 bilhões a mais a partir do final de fevereiro (quando serão pagos os salários com o novo referencial) na economia. No Rio Grande do Norte, segundo dados do escritório regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese RN), o novo salário mínimo vai beneficiar 984.516 trabalhadores que juntos receberão uma injeção extra de R$ 640 milhões em um ano.
Tomando-se por base dos dados de dezembro deste ano do Boletim Estatístico da Previdência Social, o impacto adicional este, considerando apenas a faixa dos beneficiários do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) que recebem até o piso previdenciário, seria de 255,1 milhões, equivalentes a R$ 21,2 milhões por mês.
Para quantificar o impacto da massa salarial dos trabalhadores e servidores na ativa do mercado formal, foi utilizada como fonte de dados a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2007. Neste caso, ainda segundo o estudo do Dieese, o impacto do novo mínimo na economia seria de aproximadamente R$ 209,9 milhões.
Já no caso dos servidores públicos, o maior impacto ocorre para os servidores municipais, sobretudo das prefeitura do interior do estado, nas quais o percentual destes trabalhadores que recebem até um salário mínimo é maior que o dos servidores estaduais.
Considerando-se outros trabalhadores, como ocupados por conta-própria, trabalhadores domésticos e empregados que recebem até um salário mínimo, o impacto total previsto para o ano de 2009 aponta outro incremento anual na renda da ordem de R$ 51,3 milhões. O estudo do Dieese mostra ainda que os novos valores das folhas de pagamento vão redundar num aumento dos impostos recolhidos sobre elas, apenas no RN, de cerca de R$ 157 milhões ao longo de todo este ano.
Fonte: Diário de Natal
