terça-feira, 18 de novembro de 2008

Obama compromete-se com metas de redução de emissões apesar da crise
Eleito disse que EUA vão se empenhar na discussão da mudança climática.Ele prometeu liderança em uma 'nova era de cooperação global' no tema.


O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, disse nesta terça-feira (18) que o país vai "empenhar-se vigorosamente" nas discussões sobre mudança climática quando ele assumir e prometeu que, apesar da crise financeira, o país vai se ater aos planos para reduzir profundamente as emissões de gases de efeito estufa até 2020.O democrata, que durante a campanha criticou constantemente a administração de George W. Bush por sua postura em relação ao aquecimento global, reiterou seus planos de criar um sistema que limite a emissão de dióximo de carbono pelas grande indústrias.

"Vamos estabelecer metas anuais vigorosas que nos coloquem em um curso que reduza as emissões, em 2020, para os graus em que elas estavam em 1998, e que os reduza mais 80% até 2050", disse ele numa vídeoconferência endereçada a um encontro de governadores americanos e representantes de outros países.


Além disso, Obama se propôs a investir US$ 15 bilhões anuais para promover o uso de energias limpas no setor privado. "Prometo isto: quando for presidente, qualquer governador que quiser promover energias limpas terá um aliado na Casa Branca. Qualquer empresa que desejar investir em energias limpas terá um aliado em Washington. E qualquer país que desejar se unir à causa contra a mudança climática terá um aliado nos EUA", disse.
"Minha presidência vai marcar um novo capítulo na liderança americana na mudança climática, que vai fortalecer nossa segurança, criando milhões de empregos no processo', disse Obama.O presidente eleito afirmou que não vai participar das negociações sobre mudança climática patrocinadas pela ONU em dezembro na Polônia, uma vez que Bush ainda será o presidente na ocasião. Mas ele mandou uma mensagem aos delegados que gastaram anos "batalhando" contra os representantes de Bush na discussão da questão das metas de redução das emissões.
"Quando eu assumir, vocês podem estar certos de que os EUA vão se engajar vigorosamente de novo nas negociações e vão ajudar a liderar o mundo em direção a uma nova era de cooperação global na questão na mudança climática", disse.


Preparando a equipe


A videoconferência de Obama foi o único ato público desta terça-feira do presidente eleito, que permanece em sua casa em Chicago enquanto continua preparando sua equipe de governo.Até o momento, o nome que ganha mais força é o da senadora Hillary Clinton para ocupar o Departamento de Estado. Desde que surgiu o rumor na última sexta, nenhuma das partes o negou. Segundo a imprensa americana, o grande obstáculo para a nomeação é decidir se haveria algum tipo de conflito de interesses com as atividades do ex-presidente e marido da senadora, Bill Clinton. O ex-presidente lidera atualmente uma organização que leva seu nome e que se dedica à luta contra a pobreza global, mas que também recolhe grandes doações cuja procedência Clinton se nega a revelar. A possibilidade foi recebida com elogios por importantes republicanos, como o ex-secretário de Estado Henry Kissinger.No entanto, alguns representantes da ala mais esquerdista democrata estão insatisfeitos com a idéia de incorporar à equipe aquela que foi a grande rival do presidente eleito nas primárias. O cargo de secretário de Estado não é o único que criou polêmica. O secretário do Tesouro terá na próxima administração uma importância singular, porque vai ter de encarar a grave crise econômica do país. O ex-secretário do Tesouro durante o Governo de Clinton Larry Summers era um dos nomes mais cotados para assumir a posição, mas esta candidatura parece ter perdido força nos últimos dias. Para a secretaria da Defesa, uma das possibilidades mais divulgadas é a de que Obama optará por manter em seu posto o atual chefe do Pentágono, Robert Gates, durante um ano, para supervisionar o desenvolvimento dos conflitos no Iraque e no Afeganistão.

Frase do Dia

A vida é para quem topa qualquer parada. Não para quem pára em qualquer topada.