A primeira reunião da prefeita Micarla de Sousa (PV) com o secretariado ocorrida ontem no Centro Educacional Aluízio Alves foi marcada pela cobrança e apresentação de relatório da situação atual da prefeitura. A prefeita exigiu cortes nas funções de gratificação e definição de cargos até sexta-feira e adiantou que demitirá 100% dos cargos gratificados de seu gabinete. O secretário de Planejamento e Finanças, Carlos Augusto Viveiros, apresentou um panorama geral das finanças da cidade. Segundo ele, a previsão de receita para o município no mês de janeiro é de R$ 54 milhões, e de despesa é de R$ 45,1 milhões.
As despesas foram divididas em pagamento de pessoal (R$ 30 milhões); custeio (R$ 3 milhões); pagamento de décimo-terceiro (R$ 2,5 milhões); limpeza urbana (R$ 2 milhões); dívida municipal (R$ 1,2 milhão); patronal (R$ 3,6 milhões) e despesas da Câmara Municipal (R$ 2,8 milhões). Segundo Augusto Viveiros, a receita da prefeitura aumentou 12% no ano passado e 10% no ano anterior. ‘‘Se nos adiantarmos poderemos conseguir 25%, correspondente a R$ 60 milhões para o orçamento, embora a meta da prefeita seja de R$ 50 milhões’’. Uma das medidas para atingir o objetivo citada pelo secretário é a venda da dívida ativa municipal, hoje avaliada em R$ 1 bilhão.
Quando a discussão girava em torno de cortes e economias na estrutura da prefeitura para aumentar receitas sem criar novos tributos, Micarla de Sousa cobrou agilidade e rigor no corte de funções gratificadas. ‘‘Os senhores secretários me pediram uma semana para conhecer os funcionários e decidir depois quem ficava. Até sexta-feira, quero uma definição de quem fica e quem não fica’’. E completou: ‘‘Algumas secretarias funcionam plenamente sem a metade dos funcionários que recebem gratificações. No meu gabinete, vou cortar 100%. Não precisa ser linear. Na Semurb parece que as funcionários gratificados são quase todos’’, cobrou.
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