quarta-feira, 29 de abril de 2009

Economia do governo para pagar juros cai 70% no primeiro trimestre

Segundo Tesouro, superávit primário somou R$ 6,4 bilhões em março.No trimestre, somou R$ 9,33 bi, contra R$ 31 bi em igual período de 2008.
A economia feita pelo governo para pagar juros da dívida pública e, com isso, tentar manter sua trajetória de queda, conhecida como "superávit primário" no jargão financeiro, somou R$ 9,33 bilhões no primeiro trimestre deste ano, ou 1,35% do Produto Interno Bruto (PIB), revelou nesta quarta-feira (29) a Secretaria do Tesouro Nacional. Em igual período do ano passado, somou R$ 31,1 bilhões, ou 4,69% do PIB.
Crise, receitas e despesas
A queda do superávit primário do governo acontece em meio à crise financeira internacional, que tem diminuído o nível de atividade da economia e, consequentemente, a arrecadação de impostos e contribuições federais. Nos três primeiros meses deste ano, a receita líquida do governo somou R$ 137,5 bilhões, contra R$ 138,9 bilhões em igual período do ano passado.

Ao mesmo tempo, as despesas seguem crescendo a um ritmo forte, a exemplo do que já vinha acontecendo nos últimos anos. De janeiro a março, as despesas do Tesouro Nacional somaram R$ 128,1 bilhões, contra R$ 107,7 bilhões em igual período do ano passado, um aumento de 19%.

Somente com o funcionalismo público, as despesas saltaram de R$ 31,1 bilhões, nos três primeiros meses de 2008, para R$ 38,8 bilhões em igual período deste ano. Além disso, também subiram em R$ 5,8 bilhões as chamadas "despesas discricionárias", ou seja, os gastos livres do governo. Os gastos com precatórios avançaram 2,3 bilhões nos três primeiros meses deste ano.
Redução da meta de superávit primário


A queda no superávit primário do governo, porém, aconteceu após o governo reduzir a sua meta para este ano de 2,15% para 1,4% do PIB. Com isso, a meta nominal caiu de cerca de R$ 66,5 bilhões para aproximadamente R$ 43,2 bilhões.

O governo tem ainda a possibilidade de abater o chamado projeto piloto de investimentos (PPI), equivalentes a 0,5% do PIB, ou 15,5 bilhões. Com isso, a meta cairia mais ainda: para R$ 27,7 bilhões, ou 0,9% do PIB.


G1

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