quinta-feira, 14 de maio de 2009

''Lula disse que equipe pode ser doida, mas ele não''

Comentário de Mantega refere-se à bronca dada pelo presidente sobre mudanças na caderneta de poupança


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exigiu do Ministério da Fazenda uma saída política para impedir que as mudanças na caderneta de poupança prejudiquem o pequeno investidor. Escaldado pelas críticas antecipadas da oposição e temendo que seus adversários carimbassem as medidas como "confisco", em plena temporada eleitoral, Lula vetou todas as propostas apresentadas para isentar apenas as aplicações de até R$ 20 mil de cobrança do Imposto de Renda. Pior: em várias ocasiões mostrou irritação com os números que viu.

"Lula disse que a equipe econômica pode ser doida, mas ele não é", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao comentar, de forma bem-humorada, as broncas do presidente, durante reunião com dirigentes de centrais sindicais, na terça-feira. Ainda ontem, pouco antes da entrevista convocada para anunciar as mudanças na mais popular aplicação do País, o presidente pediu a Mantega uma dose adicional de cautela na hora de explicar o assunto. "As palavras são mágicas nesse momento", disse Lula.

Diante de representantes dos 14 partidos que compõem a coalizão governista, o presidente manifestou receio com a exploração política do tema na pré-campanha da chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff para sua sucessão, em 2010.
"Todo cuidado é pouco", insistiu Lula. O Planalto planeja até fazer uma campanha de utilidade pública com o objetivo de esclarecer que "nada mudou para o pequeno poupador", se constatar que houve ruídos na comunicação.


De Vera Rosa

Frase do Dia

A vida é para quem topa qualquer parada. Não para quem pára em qualquer topada.