domingo, 7 de junho de 2009

Bancada cubana tenta frear Obama

Representação no Congresso não reflete base de cubano-americanos, cuja maioria é a favor do fim do embargo

A revogação da resolução que suspendeu Cuba da Organização dos Estados Americanos (OEA) por 47 anos foi comemorada na América Latina como mais um sinal da reaproximação dos EUA com a ilha. Mas a bancada de cubano-americanos no Congresso dos EUA recebeu a decisão como uma afronta e promete brecar novas iniciativas do presidente Barack Obama para distender as relações com Havana - principalmente o fim do embargo econômico imposto à ilha em 1962.
"Há uma tensão entre a Casa Branca e o lobby anticastrista: a partir de agora, a bancada cubana ficará mais agressiva, tentando evitar que Obama continue com a distensão", disse ao Estado Maurício Cárdenas, especialista em América Latina do Brookings Institution.


Hoje, a maioria dos 1,8 milhão de cubano-americanos dos EUA é a favor do fim do embargo. Segundo uma pesquisa divulgada em abril pela Bendixen Associados, 43% dos cubano-americanos são contra o bloqueio e 42%, a favor. Em 2003, 61% dessa comunidade achava que o embargo deveria ser mantido e só 28% queria seu levantamento.

De Patrícia Campos Mello

Frase do Dia

A vida é para quem topa qualquer parada. Não para quem pára em qualquer topada.