domingo, 28 de fevereiro de 2010

Brasileira no Chile diz que atual n° de mortos "é só o começo"



Brasileira radicada há 20 anos na cidade chilena de Linhares, na sétima região do país, a assistente social Fanny Paola Barrera, 32 anos, foi acordada pela filha de 4 anos minutos antes do terremoto. Ela e seu marido, Juan Carlos Martinez, haviam dormido tarde após ver o festival de verão em Viña del Mar pela TV. A menina tivera um pesadelo e parecia pressentir o que estava por vir. Um terremoto de 8,8° atingiria o país, matando mais de 100 pessoas. "Esta contagem é apenas o começo, muito mais gente morta deve aparecer", garante.
Cerca de 3h30 deste sábado, ela sentiu os primeiros tremores. Logo em seguida, as paredes da casa toda passaram a sacudir. "Parecia feita de papel, se movia para todos os lados", disse. O tremor durou um minuto, muito tempo para terremotos. A família ficou imediatamente sem luz, água, e sem notícias do que se passava, com exceção de um rádio a pilha na qual escuta a Paloma, única estação que transmite.
Como obriga seu trabalho, Fanny, que trocou a cidade de Porto Alegre pelo Chile há mais de 20 anos e já tem dificuldade em falar o português, deve trabalhar na reconstrução do país. Ela retorna ao serviço no dia 8 de março. Mas tem certeza de que os próximos dias não serão fáceis. "Com certeza não conseguiremos dormir esta noite", garante.
Tragédia no Chile:

Mais de 140 pessoas morreram morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos pode passar de 180, segundo o canal estatal
Televisión Nacional. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.
HERMANO FREITAS

Frase do Dia

A vida é para quem topa qualquer parada. Não para quem pára em qualquer topada.