sábado, 8 de novembro de 2008

No G20, Lula pede ‘nova arquitetura’ financeira mundial
Segundo ele, fé dogmática nos mercados ruiu ‘como um castelo de cartas’. Para o presidente, G7 deve ampliar participação dos países emergentes.
Do G1, em São Paulo




O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (8), na abertura do encontro do G20, em São Paulo, que é preciso construir uma “nova arquitetura financeira mundial” que aumente o controle sobre os mercados. Segundo ele, a fé cega de que o mercado podia seguir sem intervenções caiu como “um castelo de cartas”. Por isso, é hora da criação de novas regras, que garantam uma maior inclusão dos países emergentes.


Segundo Lula, que falou antes do início da reunião dos ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais de 20 países, o G7 - grupo que reúne as sete maiores economias do mundo (EUA, Canadá, Reino Unido, Japão, Itália, França e Alemanha) não tem mais condições de determinar sozinho os rumos da economia mundial. “A contribuição dos países emergentes é também essencial."

Ele lembrou que os grandes países em desenvolvimento crescem em importância no cenário mundial, respondendo, segundo o FMI, por 75% do crescimento da economia global nos últimos anos. Por isso, é preciso que as discussões sobre economia ganhem um caráter multilateral. "É hora de um pacto entre governos para uma criação de uma nova arquitetura financeira mundial”, ressaltou.

Cleiton Alves

Frase do Dia

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