Segundo ele, fé dogmática nos mercados ruiu ‘como um castelo de cartas’. Para o presidente, G7 deve ampliar participação dos países emergentes.
Do G1, em São Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (8), na abertura do encontro do G20, em São Paulo, que é preciso construir uma “nova arquitetura financeira mundial” que aumente o controle sobre os mercados. Segundo ele, a fé cega de que o mercado podia seguir sem intervenções caiu como “um castelo de cartas”. Por isso, é hora da criação de novas regras, que garantam uma maior inclusão dos países emergentes.
Segundo Lula, que falou antes do início da reunião dos ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais de 20 países, o G7 - grupo que reúne as sete maiores economias do mundo (EUA, Canadá, Reino Unido, Japão, Itália, França e Alemanha) não tem mais condições de determinar sozinho os rumos da economia mundial. “A contribuição dos países emergentes é também essencial."
Ele lembrou que os grandes países em desenvolvimento crescem em importância no cenário mundial, respondendo, segundo o FMI, por 75% do crescimento da economia global nos últimos anos. Por isso, é preciso que as discussões sobre economia ganhem um caráter multilateral. "É hora de um pacto entre governos para uma criação de uma nova arquitetura financeira mundial”, ressaltou.
Cleiton Alves